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Ilanet.AgenciaPoliticaEficazr1.5 - 30 Sep 2023 - 14:07 - GregorioIvanoff

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Cidadania, Agência e Identidade Coletiva


(Hannah Arendt. Available from < http://plato.stanford.edu/entries/arendt/ >. access on 19 January 2015.)


English - A concepção participativa de cidadania de Arendt fornece o melhor ponto de partida para abordar ambas, a questão da constituição da identidade coletiva, e, as [questões] relativas às condições para o exercício da agência política eficaz.

No que diz respeito à primeira alegação, é importante notar que uma das questões cruciais que estão em jogo no discurso político é a criação de uma identidade coletiva, um "nós" ao qual podemos recorrer, quando confrontados com o problema de decidir entre cursos alternativos de ação. Uma vez que no discurso político sempre há discordância sobre os possíveis cursos de ação, a identidade do "nós" que vai ser criada através de uma forma específica de ação torna-se uma questão central. Ao envolvermo-nos em tal ou qual curso de ação nós estamos, de fato, entrando em uma reivindicação em nome de um "nós", ou seja, nós estamos criando uma forma específica de identidade coletiva. A ação política e o discurso são, a este respeito, essenciais para a constituição de identidades coletivas.

Este processo de construção de identidade, no entanto, nunca é administrado de uma vez por todas e nunca é não problemático. Pelo contrário, é um processo de renegociação e luta constantes, um processo em que os atores articulam e defendem concepções concorrentes de identidade cultural e política. A concepção participativa da cidadania de Arendt é particularmente relevante neste contexto, uma vez que articula as condições para o estabelecimento de identidades coletivas. Uma vez que a cidadania é vista como o processo de deliberação ativa sobre identidades concorrentes, o seu valor reside na possibilidade de estabelecer formas de identidade coletiva que podem ser reconhecidas, testadas e transformadas em uma forma discursiva e democrática.

Com relação à segunda alegação, quanto à questão de agência política, é importante salientar a conexão que Arendt estabelece entre a ação política, entendida como a participação ativa dos cidadãos na esfera pública, e, do exercício da agência política eficaz. Essa conexão entre ação e agência é uma das contribuições centrais da concepção participativa de cidadania de Arendt. Segundo Arendt, a participação ativa dos cidadãos na determinação dos assuntos de sua comunidade fornece-lhes não só com a experiência da liberdade pública e felicidade pública, mas também com um sentido de agência política e eficácia, no sentido de, nas palavras de Thomas Jefferson, de ser "participantes no governo". Em sua opinião só a partilha de poder que vem de engajamento cívico e deliberação comum pode proporcionar a cada cidadão com um sentido de agência política eficaz. As restrições de Arendt contra a representação política devem ser compreendidas a esta luz. Ela viu a representação como um substituto para a participação direta dos cidadãos, e como um meio pelo qual a distinção entre governantes e governados poderia se reafirmar. Como uma alternativa para um sistema de representação baseada em partidos burocráticos e estruturas do Estado, Arendt propôs um sistema federado de conselhos através do qual os cidadãos pudessem efetivamente determinar seus próprios assuntos políticos. Para Arendt, é somente por meio de participação política direta, ou seja, por se envolver em ações comuns e deliberação coletiva, que a cidadania pode ser reafirmada e a agência política efetivamente exercida.


Palavras-chave: vínculos de estratégia, Nações Unidas


Palavras-chave: participação política direta, identidades coletivas, estruturação, engajamento, saneamento, autonomia, biopolítica


Brasil: instituições brasileiras, estruturação interinstitucional no Brasil


English: effective political agency


Euler de França Belém. Hannah Arendt: a filósofa judia que provocou a ira dos judeus ao apresentar o nazista Eichmann como “banal”: Os críticos de Hannah Arendt admitem que Adolf Eichmann não era genial, mas lia e citava Kant e era um organizador eficiente. As críticas da pensadora à “colaboração” dos conselhos judaicos têm sido relativizadas, Edição 1994 de 22 a 28 de setembro de 2013, Jornal Opção. Disponível em < http://www.jornalopcao.com.br/colunas/imprensa/hannah-arendt-a-filosofa-judia-que-provocou-a-ira-dos-judeus-ao-apresentar-o-nazista-eichmann-como-banal >. Acesso em 19 jan. 2015.

Paz; justiça e instituições eficazes. Disponível em < https://nacoesunidas.org/tema/ods16/ >. Acesso em 26 dez. 2016.

Resistência não violenta. Disponível em < http://pt.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia_n%C3%A3o_violenta >. Acesso em 19 jan. 2015.

-- GregorioIvanoff - 26 Dec 2016
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