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Express.RepresentacaoNaEconomiaDoConhecimentor1.51 - 14 Jul 2019 - 16:48 - GregorioIvanoff

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Representação na economia do conhecimento: Prática da articulação social e objeto da sustentabilidade. Organizadores: Gregorio Ivanoff; Fábio Câmara, KM Brasil 2008.


A intenção de abordar os aspectos de articulação social e sustentabilidade através do conceito de representação na economia do conhecimento poderia sugerir a busca por indicadores. Uma das possibilidades promissoras poderia abordar indicadores mais utilizados de desenvolvimento regional. Uma segunda possibilidade seria analisar a relação de atores e agentes com o Estado Brasileiro.

De acordo com TAYRA e RIBEIRO (2006), "a revisão de literatura mostrou que as principais experiências de construção de indicadores se voltam ao âmbito municipal".

Ainda segundo estes autores "As economias modernas, os municípios incluídos, se caracterizam por serem sistemas abertos, com entrada e saída de recursos. Com isso, as necessidades dos espaços locais podem ser supridas, em muitos casos, principalmente por recursos extraídos em regiões muito distantes de seu local de consumo".

Os autores seguem em seus argumentos:

"Nas grandes cidades atuais, como São Paulo, a preocupação ambiental é principalmente com a capacidade de o espaço local absorver e re-assimilar os dejetos do processo (toda sorte de lixos, resíduos e esgotos). Quase toda a sua alimentação (água incluída), recursos para a produção e bens de consumo são importados de outros locais. Se os paulistanos tivessem de se alimentar somente com o que estivesse disponível em suas terras, provavelmente já estariam extintos.

Numa cidade desse porte, "metade" das preocupações ambientais é transferida para outros locais por meio da importação de recursos naturais provenientes de outras regiões do mundo. Dessa forma, ela não precisa se preocupar com a sua escassez de recursos, apenas com a capacidade de re-assimilação dos dejetos de sua produção e consumo; o que não é pouca coisa, pois a entrada de recursos externos no seu espaço é muito maior do que a quantidade que naturalmente dispõe, e o seu meio ambiente não está plenamente adaptado para absorver proporcionalmente tamanha quantidade de resíduos".

Já, segundo VEIGA (2006), com relação ao território brasileiro, "não é difícil perceber que existem 63 microrregiões fortemente marcadas por aglomerações nas quais está praticamente a metade da população (49%). No extremo oposto, pouco menos de um terço dos habitantes (30,9%) vivem em 388 microrregiões predominantemente rurais, pois muito pouco urbanizadas e com baixíssimas densidades demográficas. E, no meio, há 107 microrregiões de urbanização incipiente, onde reside um quinto da população (20,1%)".

O autor alerta sobre "a impossibilidade de uma definição científica do que realmente vem a ser uma cidade e uma área rural".

VEIGA (2006) aponta então: "É claro que isso causa monumentais distorções, bastando dizer que a maior população rural está no município de São Paulo, enquanto até populações indígenas de municípios amazônicos passam a ser tão urbanas quanto os habitantes de cidades metropolitanas".


Wilson Amorim; Sindicatos e Redes de Conhecimento


As inovações são indispensáveis para a manutenção ou elevação da competitividade das empresas dentro da Economia Baseada em Conhecimento Tais inovações decorrem crescentemente do bom funcionamento de redes e, no conjunto destas, do sistema de inovação nacional. No Brasil, o Sistema Nacional de Inovação ainda é incompleto, mas o mundo das relações de trabalho se entrelaçou a ele.

Ao representar os trabalhadores, os sindicatos são pressionados pelas mudanças estruturais no mercado de trabalho (flexibilização na remuneração e contratação, aumento da automação e desemprego, internacionalização das economias etc). A aplicação cada vez maior de conhecimento na produção produz um contexto de transformação permanente nas empresas.

Na defesa dos trabalhadores, a demanda sindical por conhecimento também se acentua e recai sobre suas organizações especializadas em conhecimento. Os sindicatos - como as empresas - empreendem sua busca de recursos, competências, conhecimento e inovações a partir de redes de relacionamentos. Seu objetivo é obter uma ação sindical mais inteligente e, as inovações em seu meio decorrem disto. Para isto, as organizações sindicais recorrem às suas organizações de apoio para acessar a Economia Baseada em Conhecimento. DIEESE, Solidarity Center, DIESAT, Observatório Social, são exemplos dessas organizações intensivas em conhecimento no meio sindical. O sistema de conhecimento articulado pelas organizações de apoio dedica-se a atender as necessidades dos sindicatos e - por meio de suas pesquisas, assessorias, formação, apoio técnico e político e trabalho conjunto - auxiliar na promoção de alterações no sistema de relações de trabalho a favor dos trabalhadores.

Assim formado, o sistema de conhecimento sindical, também conecta-se com o sistema nacional de inovação, até então área de atuação quase exclusiva das empresas. Esta conexão revela que a atividade sindical torna-se cada vez mais dependente de conhecimento para seu sucesso.

A experiência internacional demonstra que o bom funcionamento do sistema de relações de trabalho nos países - leia-se equilíbrio entre capital e trabalho - contribui para o desenvolvimento social proporcionando melhor distribuição de renda e bem estar a partir da contratação coletiva. Dado o conjunto de preocupações e estímulos dos governos com geração de conhecimento e a inovação para a produção é justo cobrar que a ação governamental também estimule o fortalecimento do sistema de conhecimento sindical como parte de um sistema nacional de inovação. A crescente integração da vida sindical às redes em que o conhecimento e a inovação são criados ou estimulados seria um sinalizador do sucesso de políticas públicas, que por meio das inovações proporcionassem maior competitividade ao País e, imprescindível, justiça social.


Beatrice Gropp


A relação conhecimento & desenvolvimento humano é uma trilha interessantíssima a ser percorrida.

Na questão da representação, GOFFMAN - embora orientado para a interação física e não virtual - é um clássico na teoria das representações. Em GOFFMAN (1975: 29), o termo representação se refere "a toda atividade de um indivíduo que se passa num período caracterizado por sua presença contínua diante de um grupo particular de observadores e que tem sobre estes alguma influência".

Goffman foi também pioneiro na abordagem das crenças na impressão de realidade da representação, na observação de cenários, aparências, maneiras, papéis discrepantes e funcionamento de equipes. A questão da representação é central na pesquisa de campo antropológica e ajuda a entender alguns mecanismos de funcionamento das comunidades de prática.


Clarisse Dall'Acqua


No tocante à sustentabilidade, minha indicação central são os textos de Ignacy Sachs, sempre voltados para a articulação social e ambiental. Há, ainda, outros autores importantes, no Brasil o Édis Milaré (direito do ambiente); ou, ainda, Ricardo Abramovay e José Eli da Veiga; Ou Maarten Hajer de Cambrigde .

Na questão do desenvolvimento humano, minha maior referência é Sergio Boisier, do Chile, com a construção dos capitais intangíveis. Ou, ainda, Vázquez Barquero, da Espanha.

A rede GRI - Global Reporting Initiative é uma rede internacional que elaborou modelo para relatórios de sustentabilidade, sendo hoje o mais usado em todo o mundo. Assim como o ETHOS, o GRI adota um conjunto de indicadores de desenvolvimento para avaliar empresas globais.

Portanto, há ali um conjunto selecionado de temas e princípios que são relevantes para a análise de desempenho social das empresas.

Mas, há outros, construídos e em construção, que por vezes são mais aderentes à nossa realidade.

Outros autores na área são Matthias Bruckner, com um trabalho apresentado na USP - Saúde Pública, denominado "CSD (Commission for Sustainable Developement) Indicators of Sustainable Development". Ele é da divisão de desenvolvimento sustentável do Departamento de Economia e Assuntos Sociais das Nações Unidas.


Gilberto Natalini, Vereador, Câmara Municipal de São Paulo; Município saudável


O Município Saudável é um conceito definido pela Organização Mundial de Saúde - OMS, "aquele que coloca em prática de modo contínuo a melhoria de seu meio ambiente físico e social utilizando todos os recursos de sua comunidade". Portanto, considera-se um município ou cidade saudável aquela em que os seus dirigentes municipais enfatizam a saúde de seus cidadãos dento de uma ótica ampliada de qualidade de vida.

A participação social e a ação intersetorial são os principais pilares de uma iniciativa de municípios / cidades saudáveis. A filosofia de municípios saudáveis iniciou-se nos anos 70, dentro de um processo de evolução conceitual da promoção da saúde e nos moldes propostos pela Carta de Ottawa. A cidade de Toronto foi a pioneira nesta experiência, que depois se expandiu para algumas cidades européias apoiadas pela OMS, difundindo-se mundialmente através de redes de cidades, países e regiões através do mundo; transformando-se em um movimento internacional.

Na América Latina e no Brasil iniciou-se nos anos 90 sob a direção da Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS / OMS, sob a denominação de municípios saudáveis; tendo em vista que o município é a estrutura político-administrativa da Região melhor representada. Inúmeros são as iniciativas existentes atualmente na América Latina formando redes de municípios, cantões, paróquias etc., em países como México, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Chile. No Brasil temos como exemplo São Paulo, Campinas, Santos, Jundiaí, Sobral, Crateús, Anadia, Maceió, Chopinzinho etc.

A partir de 1998, o movimento foi impulsionado com a realização do I Fórum Brasileiro de Municípios Saudáveis, sob iniciativa da cidade de Sobral, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASEMS), Ministério da Saúde e OPAS / OMS, além de instituições acadêmicas e com importante participação de prefeitos, profissionais de saúde e associações comunitárias.

Em 1999, durante o XV Congresso do CONASEMS, foi lançada a Rede Brasileira de Municípios Saudáveis, com participação de cerca de 40 secretarias municipais de saúde interessadas. No ano seguinte, após presidir o XVI Congresso do CONASEMS, o Vereador Gilberto Natalini incorporou em seu mandato o conceito de "Município Saudável" definido na carta de Quebec - Canadá.

Quando eleito vereador, Natalini instalou na Câmara Municipal o Ciclo de Debates "Município Saudável" contando com a participação de conceituados pesquisadores, cientistas, médicos e técnicos ambientais. Foram realizadas 20 Rodadas do Ciclo de Debates em cinco anos, com a discussão e análise dos problemas que impedem o paulistano de levar uma vida saudável e as soluções para melhorar a qualidade de vida na cidade. Os temas abordados foram o reuso da água, saneamento básico, aproveitamento de resíduos, impacto das estações rádio base sobre a saúde humana, saúde mental, transporte e qualidade de vida, álcool, drogas e juventude, hipertensão arterial, entre muitos outros.

Essas discussões geraram diversos projetos de lei como a lei que propõe a utilização de água de reuso na limpeza dos locais públicos; a lei que exige o plantio de árvores em estacionamentos com área acima de 100 m²; a lei que cria o título de referência urbana local para preservar o patrimônio histórico da cidade e a que propõe a troca da matriz energética nos veículos de transporte público para gás natural.


Palavras-chave: coordenação de relações de pesquisa, prática de articulação social, impacto de políticas públicas, desenvolvimento em cultura, conhecimento em negociação, cidadania em direitos, relações de trabalho, redes de conhecimento, transformação organizacional, reorganização urbana, inovações urbanas, assuntos sociais, desenvolvimento ambiental, políticas públicas, influência política, sustentabilidade, representação, sindicatos, mercados, Ladislau Dowbor


Keywords: conflict in moral values


Brasil: entidades sindicais brasileiras, Brasil em perspectiva, Estado Brasileiro


América Latina: América Latina em liberdade


AMIGOS DA TERRA?. Articulação Social e Sustentabilidade dos Estados, Empresas e 3º setor. Disponivel em < http://ef.amazonia.org.br/index.cfm?fuseaction=agendaDetalhe&IDevento=1737 >. Acesso em 19 ago. 2008.

AMORIM, W.. A evolução das organizações de apoio às entidades sindicais brasileiras: Um estudo sob a lente da aprendizagem organizacional. Tese. Doutorado. Disponível em < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-22082007-145218/ >. Acesso em 12 jul. 2008.

BANCO MUNDIAL. 2008 KAM Booklet: Measuring Knowledge in the World Economies. Disponível em < http://siteresources.worldbank.org/INTUNIKAM/Resources/KAM_v4.pdf >. Acesso em 19 ago. 2008.

BRANDÃO, Vladimir; GONÇALVES; Ada Cristina V., ...[et al.]. Brasil inovador: o desafio empreendedor. 40 histórias de sucesso de empresas que investem em inovação. Coordenação Carlos Ganem e Eliane Menezes dos Santos. Brasília: IEL NC, 2006.164 p. : il. Disponível em < http://www.finep.gov.br/dcom/brasilinovador.pdf >. Acesso em 18 ago. 2008.

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DALL'ACQUA, C.. Planejamento territorial do desenvolvimento: Ação técnica e ação política - uma prática piloto na região de Barreiras. Tese. Doutorado. Disponível em < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-10102007-150002/ >. Acesso em 12 jul. 2008.

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http://scholar.google.com.br/scholar?q=indicadores+sustentabilidade+%22articula%C3%A7%C3%A3o+social%22+%22desenvolvimento+humano%22+representa%C3%A7%C3%A3o+economia+conhecimento+resultados+inova%C3%A7%C3%A3o&hl=pt-BR&lr=&btnG=Pesquisar&lr=


http://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&lr=&q=indicadores+redu%C3%A7%C3%A3o+%22coeficiente+de+gini%22+sustentabilidade+&btnG=Pesquisar&lr=


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-- GregorioIvanoff - 29 Jul 2008
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