Skip to topic | Skip to bottom
Home
Agora
Agora.Futebolr1.14 - 23 Jan 2021 - 14:55 - GregorioIvanoff

Start of topic | Skip to actions

Brasil na Copa do Mundo de 2006


Um paralelo com o Ambiente de Negócios e o Mundo Corporativo das Empresas


por Marcelino Hiroshi Kawamura


http://www.artigos.com/artigos/administracao/recursos-humanos/brasil-na-copa-do-mundo-de-2006-:-um-paralelo-com-o-ambiente-de-negocios-e-o-mundo-corporativo-das-empresas-464/artigo/


Futebol: Agregando valor ao produto


Brasil vende a matéria-prima do futebol para adquirir o produto pronto


por Wellington Moura da Cunha


É consenso entre os administradores modernos que a melhor forma de ganhar clientes e mantê-los, aumentando desta forma também os lucros de uma empresa, é agregar valor a seus produtos. Agregar valor é fazer com que um produto (seja ele algo físico ou mesmo uma prestação serviço) apresente um “algo mais”, que atrairá a atenção dos clientes, tornando-o competitivo no mercado, e que o torne uma fonte de maior retorno financeiro.

Pensando o Futebol como um produto, seria torná-lo mais atrativo para os consumidores/torcedores. Infelizmente, o que vemos atualmente no Brasil é justamente o inverso: estamos depreciando um produto que, por si só, já atrai uma grande quantidade de clientes. Fazemos isso de várias formas: campeonatos mal estruturados, desrespeito às regras estabelecidas, falta de infraestrutura adequada para o fornecimento do serviço, mas principalmente, pela venda da matéria-prima, ou seja, os jogadores de futebol, que são os responsáveis pela produção do produto, do espetáculo.

Vamos nos ater a este último ponto e fazer um paralelo com uma empresa qualquer. Utilizaremos no nosso exemplo o Látex. Durante grande parte do século passado, o Brasil extraia o Látex, utilizado para a produção de borracha natural, e exportava para outros países. Ao mesmo tempo, adquiria desses países produtos que tinham como matéria prima a borracha natural, como por exemplo, pneus para automóveis. Ou seja, vendíamos a matéria prima por X, para mais tarde adquirirmos o produto manufaturado, por 2X.

Hoje em dia estamos tratando o futebol da mesma forma: exportamos a matéria prima (jogadores), para adquirir o produto pronto (espetáculo de futebol). Atualmente são retransmitidos para o Brasil campeonatos de vários países da Europa, como Espanha, Itália, Inglaterra e França, e também o campeonato Argentino. Em todos eles, excetuando-se o campeonato Argentino, é grande o número de jogadores (matéria-prima) brasileiros.

Chega a ser um absurdo constatar que no principal campeonato do “país do futebol”, o melhor jogador foi um jogador argentino e o segundo melhor um jogador croata. Ou seja, estamos exportando matéria-prima de qualidade e como ficamos impossibilitados de produzir um bom espetáculo com a matéria-prima que ficou, nos vemos obrigados a importar matéria-prima de qualidade de outros países.

O que acontece atualmente é um ciclo vicioso: como o espetáculo “futebol” não traz um retorno financeiro que torne os clubes uma atividade auto-sustentável, estes exportam sua melhor matéria-prima para que possam continuar fornecendo o serviço, mesmo correndo o risco da queda de qualidade no produto final. Por conseqüência, com um produto final com menor qualidade, que traz um retorno financeiro menor, os clubes se vêem obrigados a se desfazer de mais matéria-prima de qualidade.

Este ciclo precisa ser transformado em um ciclo virtuoso. Fornecendo um produto de qualidade (campeonatos melhores organizados, equipes melhores equilibradas e com jogadores de qualidade, etc), cobraríamos mais caro por ele, criando assim condições de mantermos matéria-prima de qualidade, agregando um maior valor ao produto final, até chegarmos ao ponto de começarmos a importar matéria-prima para fornecer o produto final (espetáculo) para outros países.

Trabalhando o futebol como um produto que pode e deve ser melhorado, com um planejamento estratégico adequado e com um foco no cliente / torcedor, podemos torná-lo uma fonte geradora de emprego e divisas para o país, além de torná-lo, mais ainda, uma fonte de entretenimento e orgulho para todos nós brasileiros.

Wellington Moura da Cunha, tem 29 anos, e além de um apaixonado por futebol e Santista Roxo, é Analista de Inteligência de Negócios e pós-graduando em Gestão de Inteligência de Negócios (Business Intelligence) na Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP). Publicado originalmente em http://www.santistaroxo.com.br/. Reprodução autorizada pelo autor.


Palavras-chave: planejamento, quadribol, produção, recursos


Keywords: market map


Brasil: consumidores brasileiros, resultados da Copa do Mundo no Brasil

-- GregorioIvanoff - 31 May 2006, 15 Mar 2006
to top


You are here: Agora > Futebol

to top

Direitos de cópia © 1999-2024 pelos autores que contribuem. Todo material dessa plataforma de colaboração é propriedade dos autores que contribuem.
Ideias, solicitações, problemas relacionados a Ilanet? Dê sua opinião
Copyright © 1999-2024 by the contributing authors. All material on this collaboration platform is the property of the contributing authors.
Ideas, requests, problems regarding Ilanet? Send feedback